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Depoimento Ana Paula Lippert

    Sempre busquei em minha vida respostas sobre o plano astral, sobre religiões e sobre DEUS. Era praticante do catolicismo, mas não encontrava respostas para meus questionamentos sobre essa vida e do que acontecia após a morte. Acreditava em algum Deus qualquer por medo, medo de não acreditar e algum dia Ele descobrir e me punir por não ter acreditado que ele existia (rsrs). Rezava com medo, por desespero, a pedido de ajuda, prometendo amá-lo conforme obrigava a Igreja, sem ao menos saber ou entender quem ele era. Eu acreditava ser algo ou alguém muito distante de mim.

    Lembro bem daquela minha primeira dúvida inocente, em uma das monótonas aulas de ensino religioso da terceira série do ensino fundamental, onde questionei a professora, pois não compreendia “como Deus poderia cuidar de todos nós ao mesmo tempo, sendo que ele é apenas um e nós uma imensidão”. Aquela pergunta nunca me foi respondida, me acompanhava até pouco tempo atrás, no curso de Viver de Luz em janeiro de 2016.

    Estava confusa, com 27 anos chorava e pedia em minhas orações que encontrasse a paz, implorava por paz, por uma luz. A vida não fazia sentido: estudar para trabalhar, trabalhar para ter o que comer e adquirir bens. Não poderia ser só isso, tem que ter algo a mais, qual seria meu propósito?

    Até que um amigo me falou sobre Ayahuasca, meditação, um certo lugar chamado Céu Nossa Senhora da Conceição e um curso de introspecção e meditação. Sem ter noção nenhuma de onde ficava esse lugar ou o que era tudo isso, meu coração apenas aqueceu e eu tinha certeza de que era isso que eu precisava. Não tive dúvidas, juntei minhas economias e fui para São Paulo, sem saber ao certo para onde iria ou o que fazer, apenas ouvi minha intuição e confiei nela.

    Quando iniciou o curso e apareceu um certo Xamã Gideon dos Lakotas, com um olhar penetrante e irradiava luz de uma maneira que eu desconhecia, nem ao menos sabia o que era um Xamã ou o que era aquela sensação que sentia e percebia na sua presença. Suas palavras aqueciam meu coração e dentre muitas palavras de luz, quando ele falou  a frase “somos um com o todo, um com Deus” me recordei daquela pergunta não respondida da terceira série.

    Aquela frase me deixou um tanto quanto abalada e confusa, mas foi o marco do meu despertar. Aquele senhor falou em sua palestra uma sequência de verdades como a inexistência de um demônio, espíritos obsessores ou a chegada de algum salvador. Aquelas palavras ecoavam no meu coração, as lágrimas caiam do meu rosto como se levassem consigo correntes que sufocavam o meu coração e eu lutava para compreender tudo aquilo, todas aquelas verdades libertavam minha alma, mas minha mente lutava para conseguir compreender: “eu? Filho de Deus, com o mesmo poder de criação do Pai? Então eu sou responsável pela minha atual situação? Tudo na minha vida é resultado de minhas escolhas? Até mesmo quando criança eu já fazia escolhas?” Aquela sensação de ser responsável por minha vida veio como um imenso “tapa na cara” e um sentimento de culpa, que no decorrer do curso foi transmutando e se transformando em compreensões e um sentimento de gratidão por finalmente estar compreendendo tudo isso, toda minha vida.

    No dia seguinte mais uma sequência de verdades que aqueciam o coração e ensinamentos que faziam questionar minhas escolhas, meus pensamentos e minha situação atual.

    Ao final do curso a certeza de ter conhecido uma das mentes mais brilhantes que conheci, mas com uma compreensão limitada, aquele ano de 2016 foi o marco de uma sequência de guerras internas de crenças, dúvidas, reconhecimento e questionamentos, não retornei mais para aquele lugar e ignorava as mensagens diárias que recebia desse incrível Xamã, que nunca desistiu de mim.

    Um ano após, com a passagem do Xamã Gideon dos Lakotas, senti sua presença e ensinamentos ainda mais intensos, após um ano de muitas batalhas, apenas em 2017 que comecei a compreender realmente o significado de tudo que vivi naquele janeiro de 2016. Como um renascimento.

    Não canso de assistir suas palestras, ouvir seus áudios, ler seus livros, pois ouvindo e relendo seus ensinamentos sempre compreendo alguma coisa de maneira diferente ou algo novo. Ele me ensinou a encarar a vida de uma maneira mais simples, sem tanto “compliquismo”, a encarar a vida com mais coragem, compreender e me libertar das crenças, ser feliz e positivo e me manter nesse estado, que “somos um” em todas as situações, a ter compaixão e amor. Que a conexão com o nosso divino é através da oração e da meditação e que são essas ferramentas que vão sempre me mostrar (relembrar) o meu caminho.

    Sou eternamente agradecida pela existência dessa Obra, pelas lutas e batalhas do Xamã e sua amada madrinha Genecilda, Junior, Leonardo e Ângela, de todas as pessoas que aqui passaram e permaneceram e que mantém seus ensinamentos vivos e praticados no dia a dia como inspiração para muitas pessoas.